quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Emulsão

"O sabão lava meu pezinho, lava meu rostinho, lava a minha mão. Mas Jesus pra me deixar limpinho quer lavar meu coração". Isso tava num CD que eu ganhei. Os caras sabiam mesmo como cantar! Só que, pensando bem, não acredito que tomava banho de sabão à época. Sempre foi sabonete, não? Qual a diferença entre sabão e sabonete? "Sal do ácido gordo empregado" e "alcalina" não necessariamente acrescentam muito no momento. Mas se a "sujidade" for "emulsionada" em água tá ótimo. Ou a gente pode começar com um grave problema mental atrelado a alguns relacionamentos marginais e tóxicos, roubar gordura humana de alguma clínica e destruir o sistema crediário global, também. Ou, pelo menos, aprender com profissionais de verdade enquanto adaptamos uma história fictícia a outro meio de comunicação que impulsiona o aumento das possibilidades lucro-narrativas do produto em questão. Uma coisa é certa: saponificação não é mais uma palavra monossêmica, ainda bem. 

É imperativo que o ato de lavar as mãos tenha uma duração mínima para que deem-se os processos químicos necessários no combate à proliferação do Sars-CoV-2. Existe pelo menos um vídeo que demonstra isso de forma irrefutável. Na Banheiro do Gugu, ao contrário, existia um tempo máximo para conseguir agarrar o sabão. Ou sabonete. "Hoje eu ia entrar com o Neymar, eu ia entrar com o Cauã Reymond", disse Luiza Ambiel a Luciana Gimenez enquanto se submetia à avaliação de uma Máquina da Verdade pouco antes de resgatarem a imagem de Jô Soares na banheira com ela. "Quando o mal faz uma manchinha eu sei muito bem quem pode me limpar. É Jesus, pra me deixar limpinho, quer meu coração lavar".


Nenhum comentário:

Postar um comentário