quarta-feira, 20 de maio de 2009

Como Escrever Bem



Certa vez, no ano de 2004, em que eu cursava a sétima série do ensino fundamental, eu tive a brilhante idéia (assim mesmo, com acento) que a partir daquele momento eu iria "falar corretamente", isto é, eu iria falar como se escreve.
Pobre de mim, poucos minutos depois já estava eu (depois de "errar" muito e passar uma borracha invisível em várias frases por mim pronunciadas) fazendo aspas com a mão a todo momento, pra dizer gírias e palavrões. Não me lembro bem quanto tempo eu resisti, com certeza menos de 30 minutos, até que frases inteiras eram ditas "entre aspas". Foi nesse momento que Priscila (minha prima) comentou: "daqui a pouco, ao acordar você vai abrir aspas, passar o dia todo falando "errado", e fechá-las antes de dormir". Nem cheguei a este estágio. Desisti antes. Percebi que pra mim era impssível falar "certo".
Peraí. Como pode ser? Não é possível! Como eu poderia estar falando (olha o gerúndismo aí gente!) errado?
Não. Eu não.
Eu, que fui criado por pessoas falantes da Língua Portuguesa, que converso todos os dias com pessoas, na rua, na escola, em casa, não sei falar "certo".
Calma aí, até hoje (quase) todas as pessoas com quem eu falei me COMPREENDERAM, mesmo eu não falando de acordo com a Gramática Normativa. Então eu estava falando certo!


PS: Hoje, ao ingressar na universidade, me deparei com aquilo que eu tinha descoberto (salve Carlos Drummond de Andrade, ou melhor, salve todos os brasileiros) um pouco antes, tendo uma noção de Linguística. Pra quem quiser ter esta noção, indico o livro "Preconceito Linguístico" do autor Marcos Bagno.

PS2: Ainda não comprei... ¬¬'

PS3: Também não... ¬¬"

PS4: Você que leu (!) até aqui, já deve ter percebido que eu posso até saber falar, mas escrever...

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Que Queres Tu?



Seres humanos,
Tão inteligentes e tão insanos.
Perfeição?
É o que sempre procuramos
Mas infelizmente, ou felizmente,
Nunca a encontramos.
Por quê?
Não sabemos o que queremos
Por isso nos contradizemos.
Todos querem o que para si é perfeito,
Mas quando o conseguimos, tudo muda de conceito.
Quem gostava do branco agora prefere o preto.
E quem adorava o bonito, ama o feio.
O que era pesadelo hoje é o que se sonha.
Essa é a eterna contradição humana.

(Felipe P. de Aquino, com a ajuda de seu [eterno] amigo Wallace Sangi)