quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

A Grandiosa Final

As estruturas do gigantesco estádio balançavam com tamanha empolgação das torcidas. Mais de 100 mil camisas, laranjas e azuis, pintavam as arquibancadas naquele domingo que prometia fortes emoções. Engana-se quem pensa que os únicos afetados por tal jogo eram os que se encontravam na arena naquela tarde. Emissoras de tevê, rádios, stream na internet e mais algumas variedades de transmissão integravam muitos outros milhões em todo o globo terrestre à emoção do local.

Os times finalmente entram em campo para delírio das torcidas. Litros e mais litros de cerveja são emborcados em bocas sedentas nas arquibancadas pulsantes. Dois representantes de cada time dirigem-se ao centro do campo e juntam-se aos juízes que ali já se encontravam. A plateia delira. Crianças berram... Num país distante, pessoas não muito familiarizadas com o esporte estranham a situação. 

– Dois caras só pra tirar o cara ou coroa? – pensa alto um guatemalteca.

"Cara", diz um dos representantes do time azul. Um dos juízes lança a moeda ao alto, que aterrissa com a face para baixo. "Coroa", anuncia o juiz.

Fim de jogo. Após um ano intenso de disputas, a torcida do time laranja pode tirar o grito de "é campeão" da garganta e comemorar.

– Uai, é só isso? – Se pergunta um argentino – Povo estranho.