quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Outra Poesia Profunda


alma é como um mar de escuridão
Pois para ver vídeos pornôs
Muito lenta é minha conexão
Uma neblina de dúvidas sempre me assola
Sempre que eu jogo Pokémon
“Em quem eu uso a Master Bola?”
Um ser incompreendido, inconsolado
Meu mundo torna-se cinza
Pois tirei erro crítico naquela rolada de dado
Só queria ter um alguém, poderia ser você
Liberta-me da minha miséria
Com coca cola, pizza e RPG
As estrelas já não posso ver
Minha cervical jaz muito fudida
Pois muita cabeça naquele show de metal fui bater
Vazia é a substância do meu ser
E chafurdando no próprio vômito me pergunto
“Por que tanta cachaça fui beber?”
Apaga-se o fogo de minha alma
Apaga-se a essência do universo
Apaga-se a churrasqueira
Pois faltou carne e sobrou bebedeira
E minha alegria é esquecida
Pois nesse mundo vazio e cruel
A mina que eu peguei quando tava bêbado
Era feia pra dedéu
Esse mundo é selvagem e impiedoso
Ficarei de prova final
E vou me foder gostoso
E com essa poesia super-profunda e cerebral
Provo que também sou intelectual
E também tenho problema existencial
Afinal, sou um cara de muita complexidade
E ao final de toda essa profundidade
Percebi que dei mais um passo
Rumo à homossexualidade

sábado, 6 de novembro de 2010

Quem Sou Eu (O Futuro)



O futuro a Deus pertence.
Deus não existe.
O futuro não tem dono.
O futuro é só mais uma abstração que a mente humana criou. Assim como Deus.
Tentar me definir é abstração demais.
Penso, logo sou?
Não sou nada.
"Sou um grão de areia no olho do furacão, em meio a milhões de grãos".
Graças a Deus a Língua Portuguesa tem palavras diferentes para "ser" e "estar".
Estou muita coisa.
Estou revoltado e com vergonha.
Envergonhado com alguns de meus atos que me causam revolta.
Revoltado com a minha incapacidade de me revoltar de fato.
Estava.
Não estou mais.
Estou numa guerra interna onde a minha vitória representa a minha derrota.
Nada disso está em mim.
É tempo de paz.
Estou indo embora, de volta para o futuro
De onde eu nunca devia ter saído.