sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Uma Canção



Nós dois rima com depois e depois não rima com mais ninguém.

Se eu fosse um cara muito doido, eu rimava depois com espírito do além.

Mas como quero rimar com nós dois, só temo depois que você não vem.

Eu sinto que a vid’é muito fácil, só depende do passo que você mantém.

O passo é aquilo que vem primeiro, mas primeiro pare um pouco e pense bem.

Pensando bem, o além não existe, é só meu estado de espírito que insiste em não querer ir além.

A finitude é uma virtude, a menos que tu seja infinito.

O medo é o segredo da vida, se tu corre e não se prende ao grito.

Na vida há menos razão do que a pedra que sempre cai no chão.

Se um dia a pedra subisse, eu entenderia a razão dessa canção.

Mas, pelo sim, pelo não, sigo cantando pr’acompanhar meu violão.

Engraçado, porque o meu violão só interpreta as vontades do coração.

O coração só interpreta o qu’eu sinto.

Como 2 com mais 2 é igual a cinco.

E já que voltei pra nós dois, me diz.

Que horas você vem?

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A Aposta de Pascal



Eis que um dia Blaise Pascal, aquele matemático, teve um pensamento:

  • Se você acredita em Deus e nas Escrituras e estiver certo, será beneficiado com a ida ao paraíso.
  • Se você acredita em Deus e nas Escrituras e estiver errado, não terá perdido nada.
  • Se você não acredita em Deus e nas Escrituras e estiver certo, não terá perdido nada.
  • Se você não acredita em Deus e nas Escrituras e estiver errado, você irá para o fogo eterno.
(Tirei da Wikipedia)


A noção de "não perder nada" me soa estranha...

Mas o que mais me chama a atenção é que a Aposta de Pascal só se baseia no medo do pós-morte. Prova da influência grotesca das religiões no pensamento dele.
Dentro dos padrões adotados por Pascal - a existência ou não de Deus e a crença ou não nele - fica claro ser vantajoso acreditar, digo, apostar, na fé.
Porém, a aposta é igualmente eficaz se modificarmos a variável "Deus" por qualquer outra coisa que tenha poderes de nos julgar após a morte - desde um panteão de deuses de qualquer cultura politeísta até o "Cordão de Prata" - que eu mesmo criei.
Como a chance de ganhar a bolada - tocar harpa e cantar ou beber cerveja, guerrear e fornicar - é a mesma, qual devemos escolher?
A religião da maioria? Ou a que, por um acidente histórico-geográfico, algum familiar nosso segue?
Prefiro apostar minhas fichas por aqui mesmo; na lealdade, no amor; quem sabe até na Justiça?

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Outra Poesia Profunda


alma é como um mar de escuridão
Pois para ver vídeos pornôs
Muito lenta é minha conexão
Uma neblina de dúvidas sempre me assola
Sempre que eu jogo Pokémon
“Em quem eu uso a Master Bola?”
Um ser incompreendido, inconsolado
Meu mundo torna-se cinza
Pois tirei erro crítico naquela rolada de dado
Só queria ter um alguém, poderia ser você
Liberta-me da minha miséria
Com coca cola, pizza e RPG
As estrelas já não posso ver
Minha cervical jaz muito fudida
Pois muita cabeça naquele show de metal fui bater
Vazia é a substância do meu ser
E chafurdando no próprio vômito me pergunto
“Por que tanta cachaça fui beber?”
Apaga-se o fogo de minha alma
Apaga-se a essência do universo
Apaga-se a churrasqueira
Pois faltou carne e sobrou bebedeira
E minha alegria é esquecida
Pois nesse mundo vazio e cruel
A mina que eu peguei quando tava bêbado
Era feia pra dedéu
Esse mundo é selvagem e impiedoso
Ficarei de prova final
E vou me foder gostoso
E com essa poesia super-profunda e cerebral
Provo que também sou intelectual
E também tenho problema existencial
Afinal, sou um cara de muita complexidade
E ao final de toda essa profundidade
Percebi que dei mais um passo
Rumo à homossexualidade

sábado, 6 de novembro de 2010

Quem Sou Eu (O Futuro)



O futuro a Deus pertence.
Deus não existe.
O futuro não tem dono.
O futuro é só mais uma abstração que a mente humana criou. Assim como Deus.
Tentar me definir é abstração demais.
Penso, logo sou?
Não sou nada.
"Sou um grão de areia no olho do furacão, em meio a milhões de grãos".
Graças a Deus a Língua Portuguesa tem palavras diferentes para "ser" e "estar".
Estou muita coisa.
Estou revoltado e com vergonha.
Envergonhado com alguns de meus atos que me causam revolta.
Revoltado com a minha incapacidade de me revoltar de fato.
Estava.
Não estou mais.
Estou numa guerra interna onde a minha vitória representa a minha derrota.
Nada disso está em mim.
É tempo de paz.
Estou indo embora, de volta para o futuro
De onde eu nunca devia ter saído.

domingo, 31 de outubro de 2010

O Amor



Infelizmente a saída para a humanidade é a sua extinção.

O amor existe. Mas nós o ignoramos. Talvez para não parecer piegas perante a sociedade.
Mas amor nada tem a ver com a libertinagem e a busca incansável pelo prazer, amor é o que eu sinto pelos meus amigos, pela minha família.

Vivemos num mundo de merda, injusto, e nós somos a causa disso.
Deus não existe, e se existir, não se importa com esse pontinho no meio da Galáxia. O mundo é o que é porque nós o fizemos assim. Nós o fazemos assim a cada dia.

Mas não devemos nos crucificar por isso. Não temos culpa. A culpa é do amor! Amamos as pessoas como se não houvesse amanhã. Algumas pessoas. É aí que a carruagem desanda.

Como posso amar alguém que eu nem conheço? Pior, como posso amar alguém que me rouba? Não posso. Ninguém pode.

Há uma saída, entretanto. Nos fecharmos em nosso círculo social, casarmos... Adivinha? Conseguimos estragar isso também!

Casamento não representa união. Acho que nunca representou. Outra via interditada por nós...

Ainda consigo pensar em outra saída, menos radical do que ter que amar seus próximos: respeitá-los.

Para. Respeitar é fácil, né?

Acho que não...

E agora? Suicídio coletivo?

Claro que não!!! A vida é interessante demais pra ser jogada fora. Ainda mais sabendo que ela não volta.

Não há nada a fazer. Apenas continue vivendo. Aliás, por que você está pensando nessas coisas? Melhor. Por que você está pensando?

"[...]'A maioria dos homens não quer nadar antes que o possa fazer.' Não é engraçado? Naturalmente, não querem nadar. Nasceram para andar na terra e não para a água. E, naturalmente, não querem pensar: foram criados para viver e não para pensar! Isto mesmo! E quem pensa, quem faz do pensamento sua principal atividade, pode chegar muito longe com isso, mas, sem dúvida estará confundindo a terra com a água e um dia morrerá afogado."

"Sempre foi e sempre será assim: o tempo e o mundo, o dinheiro e o poder pertencem aos mesquinhos e superficiais, e nada cabe aos outros, aos verdadeiros homens, nada a não ser a morte."
Herman Hesse, "O Lobo da Estepe".

PS: Eu te amo.

domingo, 26 de setembro de 2010

Processo de Criação FAIL


Não sei sobre o que eu quero escrever.
Mas são 21h da noite de domingo, eu estou entediado, nem um pouco animado de ir dormir, com uma expectativa deprimente de aula às 9h da manhã na faculdade... e com vontade de escrever. Sobre... Não sei o quê. Veremos...
Bom, nessa sexta eu vi um show de três bandas de Death Metal e foi muito, muito foda. Nem eu sabia o quanto eu estava precisando daquilo. Pelo evento em si, e pelas companhias. Foi engraçado, aliás, ter ido comprar uma garrafa de tequila no supermercado e ver meu professor de alemão – aquele que faz o tipo “cheirosinho-organizadinho-bonitinho-lambidinho-cuzinho-perfumadinho” – me olhando, eu vestindo uma camisa escrota de heavy metal com uma garrafa de álcool na mão. O sorrisinho sem graça que ele me deu do tipo “porra, eu dou aula pra um marginal” foi bem interessante.
É isso! Talvez eu escreva sobre o fato de aprender línguas estrangeiras alternativas seja coisa de gente afrescalhada... Posso jogar umas piadas, pessoas de camisa xadrez e óculos new wave... Hm, ainda não é isso.
Bom, voltando ao Death Metal. Novamente a maldita questão cabelo curto/cabelo comprido transforma meu cérebro em merda. Bater cabeça de cabelo curto foi deprimente. Pois é, posso falar sobre cultura, estética do metal, como são os shows, um post mais elaborado... Não, não. Ainda não.
Enfim, ainda no show. Foi foda. Vi amigos que não via há tempos, fiz merdas que não fazia há tempos, bebi merdas que não bebia há tempos... Hm... Então, um post sobre nostalgia e amizades, companheirismo, apreciar as coisas simples da vida, laços de confiança e camaradagem? PORRA, falando nisso o filme novo do Adam Sandler é FODA! Gente Grande. Fui sem dar nada por ele e curti muito. Fala sobre isso. Mas eu quero falar sobre isso? É, não.
Talvez eu queira escrever uma narrativa... Vejamos... Qual estilo? Um terror?

Seu coração palpitava enquanto o corredor escuro ia se aproximando, na medida em que ele caminhava. Ele esperava que seus olhos se adaptassem à escuridão, mas por alguma razão isso não acontecia. Seus passos hesitantes finalmente transformaram-se em total paralisia quando sua visão se deparou com a poça de sangue no chão. Que se ampliava e se aproximava dele. Um arranhar na parede o fez sentir seu estômago afundar. Ele sabia. Sabia o que encontraria. Esperava a qualquer momento, encará-la, de frente, com o crânio grotesco em decomposição exposto, o manto negro pútrido e a foice vermelha com o sangue de seus amados sedenta por arrancar-lhe o coração...

Não... não é isso. Talvez uma narrativa de ação.

Então, ele tirou sua maldita Shotgun do seu maldito sobretudo de couro. Apontou para a escuridão à sua frente. Seu cigarro Lucky Strike ainda em sua boca, seus óculos estilo “aviador” escondendo o olhar de um verdadeiro assassino, um lobo ensandecido pronto para morder. Entoou, na sua voz rouca:
- Está com medo, desgraçado? Saia daí, se lhe resta alguma honra. Vou abrir-lhe um terceiro buraco, seu maldito filho de uma puta – cuspiu o cigarro para o lado e esperou, concentrado.
Ouviu uma explosão sonora de granada logo a sua frente. Atirou-se para o lado, arrombando uma porta que apenas percebera a poucos instantes. Estilhaçou a maldita porta com seus malditos músculos de ex-comandante especial das malditas forças especias de whatever, afastado por comportamento agressivo e vontade de matar e obliterar brutalmente a porra toda...

Não, ainda não é isso... talvez... uma comédia?

Arriscou-se a olhar pra fora do corredor, protegendo-se com o corpo para dentro. Foi então que viu... uma granada se aproximando como se fosse em câmera lenta de seu rosto... não daria tempo de se desviar, estava em choque, seus relexos sumiram, suas pernas o traíram... e a granada explodiu.
Seu rosto ficou coberto de estrume de cavalo.

Porra, não rolou. Talvez um épico viking-medieval.

Limpou as fezes do animal de sua barba trançada até a cintura. Tocou o punho de sua espada e fechou os olhos, invocando forças e mentalizando, prevendo todo o combate na sua cabeça. Como sempre fazia. Muitas batalhas, muitos campos de guerra ele já havia visitado, Johansson Motherfuckersson, um guerreiro de Odin.
Virou-se com sua espada, a “Maldita Empaladora Épica Das Trevas Apocalípticas”, e urrando, invocando o nome de Thor, com o martelo do Deus protetor dos humanos em seu pescoço, sobrepondo-se à sua armadura nobre de bronze que evidenciava sua condição de lorde, correu em direção ao inimigo.
- SEJA QUEM FOR, MALDITO, ESTEJA PREPARADO! SINTA MINHA FÚRIA! – Brandiu sua espada, correndo na direção do desconhecido.
Mas não temia. Seu coração nórdico sentia sede de sangue, queria ver a morte de perto. Mais do que isso, queria causá-la, queria brincar com ela. A morte lhe atraía, a morte era sua razão de vida, sua única amada, sua maior aliada... E maior inimiga. E isso lhe atraía. Podia sentir o cheiro de sangue, que agia como um entorpecente. Motherfuckersson estava cego pela fúria, pela ira, pela vontade de matar...

Aparentemente não sou tão bom quanto Cornwell. Bom... tenho experiência com narrativas pornôs... Será?

Então ele viu. De costas, o manto negro tapava a silhueta um pouco menor do que esperava. Não importava! Seu dever era matar, era fornecer escravos aos guerreiros de Valhalla, era destruir aquela criatura, que agora ia se virando lentamente para ele...
- E aí, guerreiro? – falou Sylvia Saint – Não vai me mostrar o “Martelo de Thor”?

Ok, chega de narrativas.
Chegamos então à conclusão óbvia que eu estou com vontade de escrever, mas não consigo pensar em nada. Isso é claramente uma conseqüência da vida desorganizada e maluca que eu tenho levado ultimamente. Não consigo sistematizar e lidar com todas as minhas tarefas e mal me resta tempo para fazer as coisas que eu gosto. Morar longe pra caralho da faculdade, agora que eu estou trabalhando, finalmente, está me fodendo.
Eu queria poder parar para pensar e construir algum tema decente para escrever no blog, mas esses impeditivos estão... bem... me impedindo. Vou tentar parar de boiolagem nas próximas semanas e dar um rumo pra minha própria situação. Chega de chafurdar no caos. Não quero ser um daqueles caras que vivem reclamando da vida por não terem tempo de fazer nada do que gostam.
É melhor começar agora.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Um Jovem



Eis que vos apresento ele, o jovem execrável que se vestiu com as mais espalhafatosas fantasias, mas que, a despeito do peso que estas têm em seus ombros, continua a sentir frio.
O protótipo da decadência humana, que faz investidas irascíveis às pessoas ao seu redor. O jovem que se ilude com a idéia de brincar com corações e mentes alheias, quando na verdade só existe indiferença num raio de anos de luz negra ao seu redor.
Um hipócrita que mente com uma desenvoltura diametralmente oposta a sua forma de lidar com relações.
Um contador de histórias vívido e coerente, mas um amante patético de objetivos que ele nunca irá alcançar.
Um mentiroso!
Sim, senhoras e senhores, um mentiroso implacável que, porém, tem um coração frouxo.
Seu ponto positivo é ser fraco. Porque nem sempre a fraqueza que ele sente o derruba. Na verdade, e dai glórias aos céus por isso, sua fraqueza é o combustível que alimenta seu motor débil e carcomido e o mantém vivo para o nosso divertimento.
É um escravo com grilhões invisíveis, que se faz serviçal mendigando a compaixão de outrém.
Sentimentalista!
Quão pífio é o intelecto deste ser que se julga especial, ou mártir, ou o nome que quiserem dar, e ignora o verdadeiro sofrimento.
Sim, senhoras e senhores. Nada mais justo do que deixá-lo se alimentar do que ele próprio chama de sanidade:

O delírio em sua mente a contradição em seus atos e a insegurança em seu olhar.

sábado, 18 de setembro de 2010

Lápide



"Do anonimato para o esquecimento."

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Poeira



Dos sentimentos mais variados ao entretenimento barato,
está tudo parado.
A poeira já embotou seu espírito.

- Deixe a poeira baixar!

Baixar?!
Ela já reina absoluta.

- Levanta! Sacode a poeira!

Não dá. Minha alergia não deixa.

- Você é muito fatalista.

Não, sou apenas um poerista.

sábado, 7 de agosto de 2010

It's a long way to the top if you wanna rock n' roll



Nem sou tão fã de AC/DC - não conheço muito bem - mas esse trecho foi o melhor que pensei pra essa bagaça.

Guitarra e banda. Que idéia (me recuso a seguir a regra) esdrúxula!

Nunca fiz uma aulinha sequer do meu instrumento favorito; como diria alguém do Black Eyed Peas (vi um show recentemente, na MTV, lógico): "Vocês falam guitarrês?", eu não falo, mas queria... Porém eu ouço e isso já significa muito pra mim, tanto que comecei a tentar falar também, através das libras, claro. Não sou um integrante do Van Canto pra ficar conversando guitarrês com a boca.

Daí para ter uma banda é um passo, mas as dificuldades se mantém.

Surge a notícia: "Vocês podem tocar!"

Ouvem-se os fogos de artifício, os olhos saltam em forma de coraçõezinhos (s2 s2), a vontade de tocar e o medo de ser visto tocando (e errando) quase estouram seu peito.

"Mas vocês serão a primeira banda e vão tocar na hora que não houver ninguém no local."

OK! Tocamos.

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Não ter instrumentos próprios é um problema, comprovamos ontem. Mas fazer o quê? Roubar para comprar instrumentos???

Não. Não ter instrumentos é um problema que pode ser suprido por uma coisa: VONTADE DE TOCAR, que traz outra coisa implícita: VONTADE DE SE DIVERTIR!

Benditos foram os que colocaram o nome de sua banda de Forfun!

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Eu não falo guitarrês, mas sinto.

Música não dá futuro mesmo.

Não me importo com o "futuro". Isso é apenas outra abstração da mente humana querendo compreender o bendito deus Tempo.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Mulheres



Umas exalam amor fraterno, outras sensualidade.
Do céu ao inferno de acordo com suas vontades.
Beleza não põe mesa, mas o divino deve ser adorado.
Por isso, amo as mulheres, tanto num pedestal quanto ao meu lado.

domingo, 6 de junho de 2010

A Copa do Mundo, Por Um Cínico




Tá chegando! Finalmente saporra! A única época em que torcedores de todos os times do país ficam de mãos dadas (no sentido figurado, para a tristeza dos são-paulinos) e torcem para apenas uma única equipe!
Já vou dizendo que esse post não é sobre nada específico. Na verdade é, no sentido de ser sobre a Copa do Mundo, mas não passará de comentários randômicos expressando a minha opinião sobre a competição.

- Como fazer uma matéria sobre a cultura africana: deve conter muitíssimas crianças negras sem camisa correndo desesperadas, atrás de uma bola toda arregaçada em um campo de terra batida. Alguma tiazona ou senhor ocasional sorrindo para a câmera. Tem que rolar algum canto zulu indiscernível ao fundo, com imagens aleatórias de savanas e animais da fauna local. Também é indispensável comparar exaustivamente a tal da “alegria” africana com a brasileira (aliás, que porra é essa tal da alegria segundo os jornalistas brasileiros? Pra mim parece mais que todo mundo abre um sorrisão e pula feito doido na frente das câmeras por vontade de aparecer), e se esforçar pra mostrar que todo mundo ama o futebol/seleção brasileira. Frase de efeito tosca e fim.

- Vai acontecer alguma zebra inacreditável, do tipo Argélia vencer a Inglaterra (olha a profetização!). Vários “especialistas” vão dar seus pitacos e depois ficar com cara de cu.

- Dunga vai continuar cometendo erros gramaticais nas entrevistas coletivas. Não dizem por aí que técnico da seleção só perde em cobrança por parte do povo brasileiro pro presidente da república (que merda, hein?)? No caso de ambos, deveriam ser cobradas umas aulinhas de português. Dunga não chamou aquela ojeriza do Grafite? Ele devia pegar essa porra, enfiar numa lapiseira e aprender a nossa língua, em vez de botar pra jogar no ataque.
"Neymar? Acho que nã-ãão..."

- Galvão Bueno. Esse cara é um capítulo à parte. Todo mundo sabe que ele vai irritar, encher o saco, infernizar e despertar o instinto homicida que jazia adormecido em cada um nós. Mas nessa copa ele terá um grande problema: não tem nenhum menino. Ele sempre arranja alguém pra chamar de menino. Na última copa era o “menino Robinho”, mais recentemente o “menino Alexandre Pato”, já teve “menino Nilmar” e “menino Alex” também. E agora, que o Neymar não foi convocado? Galvão ficou sem menino. Se ele fosse um padre católico, estaria em estado de desespero.
"Haaaaaaja coração, amiiiigo!"

- É a hora dos espíritos de porco saírem das tocas, e começarem o discurso de que o povo brasileiro é alienado, que gosta de pão e circo, que bota decoração temática durante um mês e deveria pôr o ano todo, e que dá mais importância pra Copa do que para as eleições de 4 em 4 anos, que não ganha nada quando o Brasil é campeão, que somos otários e os jogadores mercenários... desculpa, eu não consigo te ouvir, o som do jogo Eslováquia Vs. Nova Zelândia está tapando a sua voz.

- Vou torcer pra Dinamarca ser a grande vencedora. Nada de comemoraçãozinha cristã no final da copa. O time campeão tem que comemorar no estilo paganismo nórdico, sacrificando bois, enchendo a cara de cerveja e fornicando e prostituindo as esposas dos jogadores to time perdedor. VALHALLA, PORRA!
Se o Brasil for campeão, vai ser "Pai Nosso", pagode e choradeira. O que você prefere?

- Eu assisti 100% dos jogos televisionados na TV aberta na Copa de 2006. Vou levar uma jeba pulsante na bunda na faculdade esse semestre, mas por Deus, eu juro que vou tentar repetir o feito.

UM RÁPIDO ADENDO SOBRE A COPA DE 2014
Tem tudo pra dar certo. De maneira nenhuma turistas serão assaltados massivamente, as obras serão entregues em tempo recorde, não serão superfaturadas e ninguém irá tentar se autopromover em cima do evento.
Eis a prova: o negócio já começou bom. Olha que IRADO o logo do mundial do Brasil:
"Garrincha me falou! A Copa é nossa!"

Perfeitamente cabível pra mim. Reflete cristalinamente a personalidade do povo brasileiro. Um povo fácil de ser enganado e que sente preguiça de agir e pensar minimamente com qualquer dose de ceticismo! E alegres. Sempre alegres, assim como os africanos, aparentemente.
Fontes dizem que a bola em 2014 vai se chamar “Mãe Diná” e os gomos serão em forma de búzios. E o Inri Cristo conduzirá a cerimônia de abertura.

E CHEGA DE PUTARIA! VAMO DINAMARCA! ODIN É NÓIS! TOR, DEUS DO TROVÃO, ABENÇOAI!
PORRA!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Saída



Tudo que você pode me dar são conceitos.
Conceitos não servem pra nada.
Tenho fé no niilismo, sua crença não me abala.
Tudo que você tem são abstrações.
Transcendência alienada.
Meu pensamento é empírico. Sua metafísica não me abala.

O fim explica os meios, a cortina tem que ser fechada.
O ceticismo é meu escudo e as palavras minha espada.
Vocês me dão náusea, vocês me dão vergonha.
Presos na falácia da vida que se sonha.

O fim explica os meios, a cortina tem que ser fechada.
A vida é o meu refúgio e a morte a minha aliada.
O fim explica os meios, o show tem que acabar.
Eu sigo os seus passos, você não pode vacilar...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Status Quo



Mudanças não são bem-vindas
Qual a sua casta?
Estratifcação
Qual a sua casta?
Jogo de interesses
Falácias retóricas
O mundo girando em torno
do umbigo dos hipócritas
Organização demais
Progresso demais
Qual a sua casta?
Minoria esmagadora
Maioria sufocada
Mudanças não são bem-vindas
Qual a sua casta?

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Como Ser Militante/Revolucionário na Universidade!





- Usar camisetas do Che Guevara é muito importante. Citar e escrever frases do mesmo em qualquer espaço livre é de lei.
- Ignore o fato de que querer comprar camisas específicas é fruto do consumismo capitalista.
- Karl Marx é seu Deus.
- Todo e qualquer cara que usa terno é um porco capitalista. Lembre-se disso.
- Tente a variação “porco fascista” também. Caso precise de uma mudança de ares.
- Pagar impostos é um absurdo, visto que o dinheiro vai parar nas mãos dos empresários. Mas fumar maconha e colocar dinheiro na mão de traficantes? Tranqüilo, cara! O trabalhador explorado que passa fome não pode pesar na sua consciência, mas o filho dele de 12 que morreu baleado em tiroteio, pode.
- Fume maconha, aliás. É super descolado.
- Quem opta por não participar de debates, protestos, conselhos ou qualquer outro tipo de evento político, é filho da puta ou imbecil.
- Quem não vota ou vota em branco, é filho da puta ou imbecil.
- Como lidar com esses filhos da puta: tente ao máximo fazê-los se sentirem culpados pelas mazelas da sociedade. Não respeite a opinião deles, lembre-se: eles são filhos da puta ou imbecis, e é seu dever acordá-los para a realidade.
- Na verdade, se a opinião de qualquer pessoa for contrária à sua, não a respeite.
- Você detém o conhecimento e as soluções para as questões sociais. Logo, você é superior. Exteriorize isso ao máximo.
- Fume mais um baseado.
- O politicamente correto e a ética são necessários – novamente, ignore o fato de ser maconheiro – e de maneira nenhuma nos impede de ver a realidade como ela realmente é.
- Roupas simples, sempre. Nunca use tênis! Havaianas não pode mais, pois agora elas não são mais roots. Qualquer outra sandália vale. Pode compensar comprando um celular de 2 mil reais ou óculos escuros importados.
- Professores: concepção hierárquica falaciosa. Não merecem seu respeito. Se a aula não lhe agrada, saia e queime um baseado.
- Policiais: filhos da puta. Filhos da puta. Filhos da puta. Filhos da puta. Quando se referir à eles, tente sempre encaixar as expressões “abuso de autoridade”, “desvio de função”, “violência injustificada” e “criminalização da juventude negra”.
- Aliás, se um indivíduo está preso e é negro, quem prendeu é filho da puta. Ignore isso mesmo se o detento matou 27 pessoas.
- Detentos que arrancaram o direito de um ser humano à vida de maneira cruel e não demonstram qualquer arrependimento merecem o MESMO TRATAMENTO atribuído a qualquer cidadão brasileiro.
- Você não precisa estudar para fundamentar seus argumentos.
- Não existe individualismo. Você só pode se sentir bem consigo mesmo depois que ajudar o próximo, e nunca o contrário. Renegue sua condição de ser humano. O bem estar do outro vem em detrimento do seu.
- Você só precisa ser militante até se formar. Quando isso acontecer, pode deixar tudo isso de lado e abrir as pernas para ser estuprado analmente pelas corporações que você tanto odiava e repudiava.


Seguindo essas orientações, você será considerado a salvação para o país, a mente intelectual do futuro, e vai fazer mais amiguinhos que vão querer brincar com você. E dividir uma erva.

Agora vá à merda.


Ps:. É, esse post foi uma vomitada oriunda de uma raiva crescente que toma mais forma a cada dia que passa. Vai continuar acontecendo por no mínimo mais três anos.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Dúvida



Como criar um anacronismo com um ser eterno?
















É, Deus sempre consegue sair pela tangente...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Situações Constrangedoras – Hora da Virada!




Existem algumas circunstâncias concernentes à convivência humana que podem confundir a mente daqueles que não entendem muito bem as regras e contratos sociais. Estes sempre passam por episódios supergeradores de vergonha alheia, e eu estou entre os tais.
Porém, recentemente, desisti de entender essas praxes sociais. Vou encarnar de vez o Tyler Durden (não conhece? sofra) e mandar pro cacete tudo que a norma do convívio saudável entre pessoas diz que temos fazer. Venho fodendo-me cotidianamente tentando fazer tudo do jeito certo (que aparentemente vai contra minha personalidade e valores morais doentios e distorcidos). Pois agora decido que vou fazer tudo do meu jeito. São grandes as chances de que eu continue me fodendo, mas a partir de agora vai ser do meu jeito.
É isso mesmo! Estou mandando pro caralho tudo tido como certo no que tange as normas do convívio social! Objetivo? Ser feliz sem medo de ser julgado, que nem o rapaz aí de baixo!:

Para exemplificar melhor, vou listar algumas das tais situações constrangedoras. Em seguida, qual era o meu papel desempenhado em cada uma até hoje. Depois, o que vou passar a fazer daqui em diante. Vou usar “você” em vez de “eu”, como se fosse um guia, caso algum querido leitor também se identifique. Acompanhem:

Situação: Alguém fala alguma coisa e você não entende.
O que acontece: Você pergunta “o quê”, a pessoa repete, e ainda assim você não entende. Você murmura em concordância, sem paciência. Não era uma pergunta de “sim ou não”.
Como fazer do jeito certo: “FALA QUE NEM HOMEM, PORRA! CARALHO!”

Situação: Numa mesa, em um bar ou restaurante, todo mundo se levanta para fazer algo e você fica sozinho.
O que acontece: “Porra, tenho que parecer ocupado tenho que parecer ocupado tenho que parecer ocupado!”
Como fazer do jeito certo: Não é um pouco de arrogância achar que todo mundo está olhando pra você na expectativa do seu próximo movimento? Se espreguiça e respira fundo, trinta segundos passam rápido.

Situação: Senta-se do lado de uma garota bonita dentro do ônibus.
O que acontece: “Cacete, onde eu boto minhas mãos? Será que eu cruzo as pernas? Estico? Deixo abertas? Cruzo os braços? Seguro na poltrona da frente? Aperto minha mochila? Merda, ela tá me olhando? Se eu olhar pra ela pra confirmar ela vai me achar estranho? FUUUUUUUUUUUUUCK!!!”
Como fazer do jeito certo: Senta, arrota, peida, tira meleca do nariz e coça o saco. Vamos encarar: essa mina não será sua futura esposa. Relaxa.

Situação: Passa por alguém conhecido, mas não tão bem conhecido.
O que acontece: Se pergunta se deve cumprimentar. Mas de que maneira? Um aceno de cabeça, de mão, um “e aí, cara” ou “opa” ou “oi” ou “colé, mano!” ou “diga lá” ou “WHATS UP NIGGA!!” ou uma simples sombrancelhada? No final das contas, ou fica no vácuo ou deixa o outro no vácuo.
Como fazer do jeito certo: Quando você para pra conversar com essa pessoa, existe algum assunto não-genérico sobre o qual vocês podem conversar, de maneira agradável e amigável à ambos? Pronto. Se a resposta for positiva, um cumprimento é plausível. Senão, meu amigo, passa batido com cara de blasé. Acredite, não vai fazer toda essa diferença na sua vida.

Situação: Menina desconhecida te olha nos olhos.
O que acontece: Por reflexo, você desvia o olhar. E se odeia um segundo depois.
Como fazer do jeito certo: Encara a filha da puta por uma hora e meia. Sem piscar. De olhos arregalados. E lábio inferior trêmulo.

Situação: Professor manda se organizarem em grupos.
O que acontece: Pensa desesperadamente “Oh meu Deus, por favor, sorteia essa merda, sorteia essa merda...!”.
Como fazer do jeito certo: “Que boiolagem, professor! Trabalhinho em grupo? Tem bolas pra dar prova não, ô baitola?”.

Deixando um pouco de lado a galhofa aqui apresentada, eu diria que recentemente descobri que é muito melhor quando não se tenta tão desesperadamente. Pretendo me esforçar pra agir cada vez mais em cima desse pensamento. Quero muito acreditar que quando alguém põe na cabeça que vai passar a agir por si mesmo independentemente das consequências, isso não representa infantilidade ou anomalia social, e sim convicção, também como conforto e aceitação para consigo mesmo. Vou fazer de tudo para que viver em função da aprovação alheia seja a última das minhas preocupações.
Enfim, se você me conhece fora dos limites da internet, esteja ciente de tudo isso. E esteja precavido e atento à como você pode ser afetado.
Vocês foram avisados.

Foda uma sabedoriazinha forte na sexta-feira santa, hein?
Não há de quê.

terça-feira, 23 de março de 2010

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Quando eu jogava counter-strike com os moleques do meu bairro, a pergunta ao término de cada jogo era: "Quanto você fez?"; "Qual o seu barramento?".
Pois bem, um "barramento" seria isso: (x/y), onde "x" é o número de pessoas que você matou e "y" o número de vezes que você morreu.
Dia desses quase fiz um 0/1, na vida real.

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Personagens da história:

1- Tiozão psicopata.
2- Pseudo-policial Obeso.
3- Eu.
4- Meu aparelho MP3.

Estava 3 fazendo barra, ou melhor, descansando entre uma série e outra, quando vê um senhor de idade se aproximando, com um olhar plácido e UM FACÃO na mão. 3 olha desconfiado para o 1 que, ao chegar no banco em que 3 se encontrava, pôs-se a afiar o facão, no banco, de concreto.
3 levanta-se, caminha em direção à barra para fazer sua última série - esta pode ser realmente a última, pensou -, quando se recorda de ter visto "Polícia Militar" na estampa de alguma camisa pouco tempo atrás. Olha para a pista de atletismo e vê o dono da camisa. Era o 2, que se aproximava devido ao trajeto da pista.
3 sente-se aliviado e sai do território hostil da Ed. Física e volta para o seu "lar".


Por que os policiais ou são mulheres ou são homens obesos?


NOTA DE RODAPÉ: Quase descobri meu barramento enquanto fazia barra. Irônico.
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Ah, já ia me esquecendo do MP3: enquanto caminhava rumo ao Centro de Artes ouvi "...Giants no more" (!). À minha frente encontrava-se uma anã (!!), que vinha em minha direção. Sem facão.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Viva La Merda Explica A Bíblia!


Meu colega de blog recentemente começou a explicar a história da raça humana. Eu digo que é tudo mentira, e que ele é um herege que deve queimar no inferno. Aqui, vou explicar o que realmente aconteceu desde a criação do universo até os dias atuais, e até o que vai acontecer em seguida, segundo a bíblia. Sirva-se de uma taça de vinho e prepare sua hóstia, pois a (verdadeira) aula de história vai começar!





VELHO TESTAMENTO
Deus cria o universo em seis dias e descansa no sétimo, pois apesar de onipotente significar “o que tem poder ilimitado”, todo mundo precisa puxar um ronco. Cria o primeiro ser humano, chamado Adão. Este, cansado de (se masturbar) ficar sozinho, pede pra Deus uma (fuck friend) companhia para dividir seu lar, o paraíso. Aí Deus cria Eva, a partir da costela de Adão. Um geneticista explicaria essa parte melhor. No paraíso tudo era bom, mas o capeta, em forma de serpente de alguma maneira entrou lá – Deus é onipotente, mas o alarme de segurança dele era uma merda – e zuou a Eva convencendo-a a comer o fruto proibido. Adão, pau-mandado, comeu também. Deus então kicka os dois do paraíso e bota uma cerca em volta – momento em que foi criado o conceito de propriedade privada, ou seja, Deus é o primeiro capitalista de que se tem notícia - e aí ocorre muito, muito incesto e temos a raça humana. O que faz muito sentido pra mim.
Caim mata Abel e se torna o primeiro assassino da história do homem. Eu também mataria alguém se meu nome fosse uma onomatopéia pra choro de cachorro.
Deus vê que o mundo está uma porcaria, joga um balde de água em cima, restarta o server e começa tudo de novo. O hacker Noé consegue se salvar.
No Egito, um Faraó começa a ownar os judeus bonito e deixa Deus puto. Aí Deus dá para um pastor de ovelhas chamado Moisés códigos de GameShark para a vida real e o universo. Moisés vira um revolucionário sinistro e arquiteta e executa uma mega fuga em massa de escravos. Os nazistas correm atrás deles e Moisés abre o mar pros Judeus passarem, e afoga os nazis quando eles tentam ir atrás. Eles tentaram se vingar milhares de anos mais tarde, com o Faraó Hitler, mas se deram mal de novo. Deus riu.
Aí acontece muita coisa sem importância, pelo menos em comparação a grande estrela da história do homem, Jesus Cristo! Foram basicamente vários caras escrevendo muita poesia sobre Deus.


NOVO TESTAMENTO
Deus chega na Terra e vê Maria dormindo... Nove meses depois, nasce Jesus, que também era Deus. Sim, Deus engravidou Maria com ele mesmo.
Jesus era um super-judeu cósmico, e ganhou mais GameShark do que Moisés, porque ele é filho do chefe e nepotismo é isso aí. Ele fez coisas maneiras tipo transformar água em vinho e andar em cima do mar, e fazer um único pão alimentar um porrilhão de pessoas – tá, essa última qualquer estudante universitário da rede pública sabe fazer. Jesus virou um metaleiro podreira, deixou o cabelo e a barba crescerem. Formou uma gangue com 12 headbangers e arranjou problemas com a gangue dos judeus no colégio, só que Judas traiu todo mundo e passou a ouvir Emocore, e inclusive quis dar uns amassos com Jesus.
Os judeus ficaram putos e chamaram-no de traidor do movimento judeu e ele rebateu chamando-os de playboyzinhos de merda. Os judeus ficaram putassos e prometeram anarquizar o mundo todo, e Deus falou pra Jesus que ele ia ter que ser o testa-de-ferro pra acalmar a adrenalina dos caras. Sabe nos filmes americanos quando o atleta pendura o nerd no mastro da bandeira pela cueca? Mais ou menos isso que aconteceu.
Jesus foi crucificado e morreu, mas um pouco antes ele tinha ligado o God Mode no Gameshark. Então, ele esperou três dias e deu respawn, tornando-se o primeiro zumbi da história. A única diferença é que ele não quer comer a sua carne, e sim que você coma a dele. Voltou pro server e riu da cara dos judeus, que receberam detenção, perderam o recreio e 50 pontos para a Sonserina.
Jesus, depois, morre de novo e diz que vai demorar mais tempo pra dar respawn, e tamos aí na expectativa até hoje.
Aí Paulo disse umas coisas idiotas sobre sexo ser coisa do demônio, coisa que Jesus nunca disse, mas as pessoas acreditam assim mesmo porque elas são idiotas.

APOCALIPSE
Quando Jesus voltar, ele vai levar com ele todas as pessoas boas do planeta. Sim, todos os três, sem exceção. O mundo vai virar uma anarquia foda, os mortos se reerguerão das tumbas e é bom que você tenha assistido bastante filme de zumbi se quiser ter chance. Aí começa um mega incêndio na terra, e o capeta vem pra cá liderar o exército dos mortos-vivos. Acontece muita coisa, até que o combate mais esperado do que Goku VS. Vegeta começa: Deus luta contra o Diabo.
Deus vai ganhar e vai ser feliz e tocar harpa para sempre com seu filho – ele mesmo – e as três pessoas boas do planeta terra, e também os anjos. O Diabo, humilhado, voltará pra casa e vai passar o resto de seus dias de cueca jogando videogame e comendo ruffles.

CONCLUSÃO
Deus cria a raça humana, e a condena por ter pecado. Aí ele engravida uma mulher dele mesmo para sacrificá-lo para si mesmo, para salvar a raça humana do pecado pelo qual nós fomos condenados por ele mesmo originalmente! TÃ DÃ!
Assim sendo, continue dizendo telepaticamente para Jesus – que era um zumbi e pai dele mesmo – ou Deus – sei lá, tá ficando confuso – que você o aceita como seu mestre, para que ele possa retirar a força maligna que cresceu dentro de você depois que uma mulher-costela comeu uma maçã de uma árvore mágica há seis mil anos atrás.
Pra mim faz muito sentido.

FIM

Viram só? Não acreditem nos absurdos que são postados por aquele safado que não tem Jesus no coração.
Amém, irmãos.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Nostalgia ou falta de opção?


Como é difícil viver nos tempos de hoje. Eu paro pra pensar, chego à conclusão que isso é meio triste, embora não seja culpa nossa. Hoje em dia na indústria do entretenimento está tão cada vez mais raro encontrar qualquer coisa que preste que muitas pessoas estão sendo chamadas de ranzinzas ou nostálgicas em excesso.
Uma amiga minha recentemente me falou do relançamento do filme Toy Story em 3D, para promover o lançamento do terceiro filme da saga. Ao que parece, o segundo filme também será relançado. Diante disso me pergunto: onde capetas foi parar a criatividade humana?
A cada dia que passa eu fico mais desanimado quando eu entro num cinema, loja de discos ou de HQ. A quantidade de revivals, remakes e adaptações de tudo que existe ao nosso redor que estão sendo feitas atualmente é gritante. Os caras preferem pegar algo criado há anos e lançar de novo com modificações muitas vezes ridículas e que defecam em cima da história da obra, do que botar a cabeça pra pensar e bolar algo novo. E o que mais me irrita é que a maior motivação desses infelizes é encher os bolsos.
Isso me leva à minha maior crítica às HQ’s: por que, meu Deus, por que no ano de 2010 nós ainda estamos consumindo lançamentos de heróis criados há 70 e 60 anos? Por que as editoras não se esforçam pra pensar em algo novo, ao invés de ficar adaptando e adaptando os personagens tantas vezes que fica impossível defini-los ou compará-los com eles mesmos depois de certo tempo? Por que “a partir de agora, o homem-aranha será um pouco mais maligno” ao invés de “olha só, criamos esse novo anti-herói maneiro, ele é meio maligno”. E aí inventam uma porrada de baboseiras pra vender mais. Marvel Zombies, nossa, os heróis transformados em mortos-vivos! É por isso que Watchmen, por exemplo, é considerada uma das melhores HQ’S de todos os tempos. Imaginem que beleza seria se adaptassem Rorschach e comapnhia pros dias de hoje. A obra teria uma mancha de bosta do tamanho oceano atlântico. Sinceramente, eu só acho que isso não deu certo até hoje porque não apareceu nenhum quadrinista saco-roxo o suficiente pra dizer: “os heróis clássicos não serão mais publicados. Acabou, seus colecionadores de 40 anos obesos e chatos pra caralho, GET OVER IT!”. Essa é uma das grandes vantagens do mangá sobre a HQ, aliás. Os japoneses são muito mais criativos. Volta e meia rola um relançamento, uma nova edição ou o que seja, mas é infinitamente mais moderado.
No cinema e na música, é basicamente o mesmo que acontece. No caso dos filmes, como copiar a fórmula dos grandes sucessos mil e trezentas vezes por ano já não vinha mais funcionando; toma remake, toma seqüência desnecessária. E os EUA. Como eles adoram pegar um ótimo filme europeu ou asiático e refilmar na gloriosa América do Norte. Isso é subestimar o gosto do público, e inegavelmente, limitar as opções de escolha da audiência. Quando foi a última vez que você viu um filme japonês ou francês no cinema?
E na música... Como é impossível achar bandas ou artistas bons que surgem nos dias de hoje. É foda ser obrigado a ouvir os mesmos artistas há 20 anos. Mais foda ainda é quando uma banda resolve, depois de 30 anos de separação, voltar à ativa pra meia dúzia de shows. É legal para os fãs, eu reconheço, mas subir ao palco usando fralda geriátrica pra ganhar dinheiro e todo mundo ir simplesmente porque não existem bandas boas na atualidade é triste.
Não me considero chato ou ranzinza, sou apenas um cara que gosta de ter boas lembranças daquilo que ficou marcado na vida. Acho sim que Super-Homem, Star Trek e The Police têm valor e muito, pra mim e pra muitas pessoas. Mas essa adoração em excesso e irracional por parte dos fãs e a vontade de encher o orifício anal de dinheiro dos muitos interessados impedem que surjam coisas boas e novas para nos lembrarmos mais tarde. Existem exceções, obviamente, mas estas estão cada vez mais escassas. Só sei que eu não quero que meus filhos sejam criados em um mundo onde Crepúsculo, Tokio Hotel e Naruto sejam símbolos da cultura jovem moderna. Vamos botar a cabeça pra funcionar, minha gente. Não tem problema em matar alguma coisa boa (até porque na memória daqueles que lhe atribuem importância e admiração, nunca morreria), contanto que ela receba um funeral digno. Vamos evitar ter que enfiar tudo numa caixa de tomate e jogar num valão pra boiar no meio da bosta.

Veja um exemplo abaixo:
SRTEET FIGHTER É NO SUPER NINTENDO, COM RYU, KEN, CHUN-LEE E COMPANHIA! NÃO ADIANTA! DESISTAM, MERCENÁRIOS DO CACETE!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O Paradoxo do Vice


Estava eu dando uma olhadela no meu reader quando me deparei com esta imagem do Kibe Loco:



Se, de acordo com o próprio site, o Botafogo ficou em segundo nesta "disputa", eu diria que tem caroço nesse angu, ou simplesmente que se trata de um exemplo de paradoxo.

Sabendo-se que o Botafogo foi o vice do vice da década, logo chegamos a conclusão de que ele sim merece o título de vice da década. Mas, se ele é o verdadeiro vice da década, o Vasco fica para trás tornando-se o vice do vice da década, merecendo assim o título...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Saindo pros Rock: Expectativa VS. Realidade



Um guia para você, leitor perdido que necessita de orientação para se aventurar nas nights capixabas. Ouça de um cara de gosto refinado e seleto (chato pra caralho e metido a cagar cheiroso).


BOATE
Expectativa (bons motivos para ir a tal local/evento):

Uhuuuul manda ver DJ!!!


O ambiente é bem iluminado (aquelas luzes maneiras de festa) e amplo, cheio de gente bonita. Não é um lugar muito barato pra se entrar, então as mulheres são todas aquelas pattys bem vestidas e gostosas, libidinosas e dispostas a qualquer tipo de diversão. Pode até ser que eu demore pra me soltar e começar a dançar, mas depois de uns drinks vou começar a pular, me empolgar e integrar a alma do tunts tunts interminável. Vou dançar colado nas minas e me esfregar descaradamente nelas, quem sabe até pegar algumas ali no calor do momento e bater um papo legal.

Realidade (o que de fato se sucede):

Você depois de muito álcool: O Rei do Ritmo!


O ambiente é mal iluminado, um ovo, e quente pra caralho. Cheio de gente bizarra e funkeiro que comprou ingresso com dinheiro de venda de cordão de prata roubado. As minas são realmente bonitas. Eu não danço de início, mas depois fico bêbado e começo a executar uns movimentos escrotos e constrangedores, pulando igual um maníaco e incomodando todo mundo, sem tomar consciência disso. Chego junto pra dançar com uma mina, ela sai fora, eu finjo que não tava tentando dançar com ela. Tento falar com algumas garotas, mas tenho que berrar igual um maluco pra ser ouvido e desisto. Fail.



BARZINHO
Expectativa:

"Posso te pagar uma bebida?" "Eu pago uma pra você, gatinho!"


Bater um papo legal com os amigos numa noite mais sossegada num ambiente mais refinado. Beber e trocar uns olhares significativos com a mesa das minas do outro lado do bar. Vou virar brother do garçom que vai me servir um ou dois chopps por conta da casa. Uma musiquinha light tocando ao fundo, talvez um jazz ou um rockabilly. Vou me aproximar da mesa das minas com meus colegas, nossos grupos vão interagir. Tem alguns caras na mesa delas, mas eles são gente boa. Vou me dar bem e conseguir um número de telefone. Se bater uma fome, aquela porção de fritas no capricho.


Realidade:

TÁ FALANDO O QUÊ COM A MINHA MINA, MERMÃO?


Encher a cara miseravelmente com a rapazeada num boteco mequetrefe. Entornar todas e ficar piscando e umedecendo a ponta dos dedos e acariciando os mamilos pra mesa de minas do outro lado do bar. Vou encher o saco do garçom, que vai me amaldiçoar e cuspir no meu chopp. Rolando um forrózão ao fundo. Vou tropeçar e cair na mesa das minas e virá-la, derrubando tudo que tem em cima. Os caras são namorados das gurias, e todos da academia “Jiu Jitsu Pit Boy Boladão”. Depois de apanhar, vou sentir fome, só que minha grana foi toda embora na cachaça e o pastelzinho de sete centímetros custa 5 reais.



CHURRASCO
Expectativa:

Gente, mais uma remessa saindo!


Comer uma carne maneira, beber umas cervejas, quem sabe dançar um pouco. É um ambiente que permite mais interação social, então não tem essa de grupinhos. A galera fica descontraída e quem não se conhece acaba se conhecendo. Um lugar bom pra se bater um papo mais duradouro, e mostrar praquela gata que você é um cara interessante, depois que se conhece bem. Vai continuar comendo e vai economizar comida quando chegar em casa, pois estará completamente satisfeito.


Realidade:

Gente, mais uma remessa saindo!


Comer uma carne de pescoço crua pra cacete, porque todo mundo sempre esquece de chamar um churrasqueiro decente. Cerveja quente, porque não deu tempo de gelar. Eu fico o churrasco inteiro segregado na mesa dos nerds, olhando com cara de cão sem dono pra mesa das gostosas, que por sua vez ficam interagindo com a mesa dos bombados. A mesa dos metaleiros está vazia, porque o único que foi convidado é tr00 demais pra ir em churrascos. Vou ficar de conversinha fiada durante um tempão pra cima de uma mina qualquer, e a cada minuto que se passa mais ela me achará um idiota. A carne vai acabar em uma hora e vou chegar em casa passando mal de fome e enjôo (carne crua, lembra?).


SHOW DE METAL (Me dói muito, mas eu tinha que falar disso. Sou um fã de metal, como muitos devem saber, e acho um absurdo o que vem acontecendo com esses eventos de um tempo pra cá. Observem...)

Slayer porra!!! RAINING BLOOOOOOD!!!!!!


Sair de casa pra ver um show de uma banda de metal saco-roxo muito foda! Vou bater cabeça, beber, zuar com a rapaziada, entrar nos mosh-pits e afirmar a minha existência masculina e metaleira. Vão ter algumas minas lá, mas foda-se, show de metal é pra curtir a música! O público vai consistir, obviamente, de fãs de metal, vestidos como tais (faz sentido, né?). Afinal, essa é a oportunidade dos fãs adotarem o visual e representarem seu estilo com orgulho!


Realidade:

Uhuuul, que banda legal! Mas peraí... não é J-Rock?


Sair de casa pra ver uma banda de metal mais ou menos, porque é raro vir banda muito boa pro ES. Bato cabeça e dou uma zuada com a rapaziada, mas no mosh-pit, de repente, aparece meia-dúzia de skinheads com o objetivo de enfiar a porrada pra valer em todo mundo. Vão ter algumas minas lá, e por causa dessa babaquice que se criou nesse meio social jovem de que night é pra pegar mulher, alguns dos meus amigos e conhecidos decidem que a noite vai ser uma merda se não pegarem ninguém e passam a agir como se estivessem em uma boate. O público vai consistir de metaleiros, grunges, rockeiros, uma galera escrota de anime vestida com camisa do Naruto e chapeuzinho com orelhinha de raposa ou coelho, funkeiros afim de arrumar confusão e um ou dois seres muito, MUITO bizarros, e simplesmente indescritíveis. Afinal, show de metal no ES virou sinônimo de convenção de maluco e encontro otaku.


Então se cuidem, crianças. Espero que saibam onde estão pisando.