domingo, 31 de outubro de 2010

O Amor



Infelizmente a saída para a humanidade é a sua extinção.

O amor existe. Mas nós o ignoramos. Talvez para não parecer piegas perante a sociedade.
Mas amor nada tem a ver com a libertinagem e a busca incansável pelo prazer, amor é o que eu sinto pelos meus amigos, pela minha família.

Vivemos num mundo de merda, injusto, e nós somos a causa disso.
Deus não existe, e se existir, não se importa com esse pontinho no meio da Galáxia. O mundo é o que é porque nós o fizemos assim. Nós o fazemos assim a cada dia.

Mas não devemos nos crucificar por isso. Não temos culpa. A culpa é do amor! Amamos as pessoas como se não houvesse amanhã. Algumas pessoas. É aí que a carruagem desanda.

Como posso amar alguém que eu nem conheço? Pior, como posso amar alguém que me rouba? Não posso. Ninguém pode.

Há uma saída, entretanto. Nos fecharmos em nosso círculo social, casarmos... Adivinha? Conseguimos estragar isso também!

Casamento não representa união. Acho que nunca representou. Outra via interditada por nós...

Ainda consigo pensar em outra saída, menos radical do que ter que amar seus próximos: respeitá-los.

Para. Respeitar é fácil, né?

Acho que não...

E agora? Suicídio coletivo?

Claro que não!!! A vida é interessante demais pra ser jogada fora. Ainda mais sabendo que ela não volta.

Não há nada a fazer. Apenas continue vivendo. Aliás, por que você está pensando nessas coisas? Melhor. Por que você está pensando?

"[...]'A maioria dos homens não quer nadar antes que o possa fazer.' Não é engraçado? Naturalmente, não querem nadar. Nasceram para andar na terra e não para a água. E, naturalmente, não querem pensar: foram criados para viver e não para pensar! Isto mesmo! E quem pensa, quem faz do pensamento sua principal atividade, pode chegar muito longe com isso, mas, sem dúvida estará confundindo a terra com a água e um dia morrerá afogado."

"Sempre foi e sempre será assim: o tempo e o mundo, o dinheiro e o poder pertencem aos mesquinhos e superficiais, e nada cabe aos outros, aos verdadeiros homens, nada a não ser a morte."
Herman Hesse, "O Lobo da Estepe".

PS: Eu te amo.