segunda-feira, 26 de abril de 2010

Status Quo



Mudanças não são bem-vindas
Qual a sua casta?
Estratifcação
Qual a sua casta?
Jogo de interesses
Falácias retóricas
O mundo girando em torno
do umbigo dos hipócritas
Organização demais
Progresso demais
Qual a sua casta?
Minoria esmagadora
Maioria sufocada
Mudanças não são bem-vindas
Qual a sua casta?

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Como Ser Militante/Revolucionário na Universidade!





- Usar camisetas do Che Guevara é muito importante. Citar e escrever frases do mesmo em qualquer espaço livre é de lei.
- Ignore o fato de que querer comprar camisas específicas é fruto do consumismo capitalista.
- Karl Marx é seu Deus.
- Todo e qualquer cara que usa terno é um porco capitalista. Lembre-se disso.
- Tente a variação “porco fascista” também. Caso precise de uma mudança de ares.
- Pagar impostos é um absurdo, visto que o dinheiro vai parar nas mãos dos empresários. Mas fumar maconha e colocar dinheiro na mão de traficantes? Tranqüilo, cara! O trabalhador explorado que passa fome não pode pesar na sua consciência, mas o filho dele de 12 que morreu baleado em tiroteio, pode.
- Fume maconha, aliás. É super descolado.
- Quem opta por não participar de debates, protestos, conselhos ou qualquer outro tipo de evento político, é filho da puta ou imbecil.
- Quem não vota ou vota em branco, é filho da puta ou imbecil.
- Como lidar com esses filhos da puta: tente ao máximo fazê-los se sentirem culpados pelas mazelas da sociedade. Não respeite a opinião deles, lembre-se: eles são filhos da puta ou imbecis, e é seu dever acordá-los para a realidade.
- Na verdade, se a opinião de qualquer pessoa for contrária à sua, não a respeite.
- Você detém o conhecimento e as soluções para as questões sociais. Logo, você é superior. Exteriorize isso ao máximo.
- Fume mais um baseado.
- O politicamente correto e a ética são necessários – novamente, ignore o fato de ser maconheiro – e de maneira nenhuma nos impede de ver a realidade como ela realmente é.
- Roupas simples, sempre. Nunca use tênis! Havaianas não pode mais, pois agora elas não são mais roots. Qualquer outra sandália vale. Pode compensar comprando um celular de 2 mil reais ou óculos escuros importados.
- Professores: concepção hierárquica falaciosa. Não merecem seu respeito. Se a aula não lhe agrada, saia e queime um baseado.
- Policiais: filhos da puta. Filhos da puta. Filhos da puta. Filhos da puta. Quando se referir à eles, tente sempre encaixar as expressões “abuso de autoridade”, “desvio de função”, “violência injustificada” e “criminalização da juventude negra”.
- Aliás, se um indivíduo está preso e é negro, quem prendeu é filho da puta. Ignore isso mesmo se o detento matou 27 pessoas.
- Detentos que arrancaram o direito de um ser humano à vida de maneira cruel e não demonstram qualquer arrependimento merecem o MESMO TRATAMENTO atribuído a qualquer cidadão brasileiro.
- Você não precisa estudar para fundamentar seus argumentos.
- Não existe individualismo. Você só pode se sentir bem consigo mesmo depois que ajudar o próximo, e nunca o contrário. Renegue sua condição de ser humano. O bem estar do outro vem em detrimento do seu.
- Você só precisa ser militante até se formar. Quando isso acontecer, pode deixar tudo isso de lado e abrir as pernas para ser estuprado analmente pelas corporações que você tanto odiava e repudiava.


Seguindo essas orientações, você será considerado a salvação para o país, a mente intelectual do futuro, e vai fazer mais amiguinhos que vão querer brincar com você. E dividir uma erva.

Agora vá à merda.


Ps:. É, esse post foi uma vomitada oriunda de uma raiva crescente que toma mais forma a cada dia que passa. Vai continuar acontecendo por no mínimo mais três anos.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Dúvida



Como criar um anacronismo com um ser eterno?
















É, Deus sempre consegue sair pela tangente...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Situações Constrangedoras – Hora da Virada!




Existem algumas circunstâncias concernentes à convivência humana que podem confundir a mente daqueles que não entendem muito bem as regras e contratos sociais. Estes sempre passam por episódios supergeradores de vergonha alheia, e eu estou entre os tais.
Porém, recentemente, desisti de entender essas praxes sociais. Vou encarnar de vez o Tyler Durden (não conhece? sofra) e mandar pro cacete tudo que a norma do convívio saudável entre pessoas diz que temos fazer. Venho fodendo-me cotidianamente tentando fazer tudo do jeito certo (que aparentemente vai contra minha personalidade e valores morais doentios e distorcidos). Pois agora decido que vou fazer tudo do meu jeito. São grandes as chances de que eu continue me fodendo, mas a partir de agora vai ser do meu jeito.
É isso mesmo! Estou mandando pro caralho tudo tido como certo no que tange as normas do convívio social! Objetivo? Ser feliz sem medo de ser julgado, que nem o rapaz aí de baixo!:

Para exemplificar melhor, vou listar algumas das tais situações constrangedoras. Em seguida, qual era o meu papel desempenhado em cada uma até hoje. Depois, o que vou passar a fazer daqui em diante. Vou usar “você” em vez de “eu”, como se fosse um guia, caso algum querido leitor também se identifique. Acompanhem:

Situação: Alguém fala alguma coisa e você não entende.
O que acontece: Você pergunta “o quê”, a pessoa repete, e ainda assim você não entende. Você murmura em concordância, sem paciência. Não era uma pergunta de “sim ou não”.
Como fazer do jeito certo: “FALA QUE NEM HOMEM, PORRA! CARALHO!”

Situação: Numa mesa, em um bar ou restaurante, todo mundo se levanta para fazer algo e você fica sozinho.
O que acontece: “Porra, tenho que parecer ocupado tenho que parecer ocupado tenho que parecer ocupado!”
Como fazer do jeito certo: Não é um pouco de arrogância achar que todo mundo está olhando pra você na expectativa do seu próximo movimento? Se espreguiça e respira fundo, trinta segundos passam rápido.

Situação: Senta-se do lado de uma garota bonita dentro do ônibus.
O que acontece: “Cacete, onde eu boto minhas mãos? Será que eu cruzo as pernas? Estico? Deixo abertas? Cruzo os braços? Seguro na poltrona da frente? Aperto minha mochila? Merda, ela tá me olhando? Se eu olhar pra ela pra confirmar ela vai me achar estranho? FUUUUUUUUUUUUUCK!!!”
Como fazer do jeito certo: Senta, arrota, peida, tira meleca do nariz e coça o saco. Vamos encarar: essa mina não será sua futura esposa. Relaxa.

Situação: Passa por alguém conhecido, mas não tão bem conhecido.
O que acontece: Se pergunta se deve cumprimentar. Mas de que maneira? Um aceno de cabeça, de mão, um “e aí, cara” ou “opa” ou “oi” ou “colé, mano!” ou “diga lá” ou “WHATS UP NIGGA!!” ou uma simples sombrancelhada? No final das contas, ou fica no vácuo ou deixa o outro no vácuo.
Como fazer do jeito certo: Quando você para pra conversar com essa pessoa, existe algum assunto não-genérico sobre o qual vocês podem conversar, de maneira agradável e amigável à ambos? Pronto. Se a resposta for positiva, um cumprimento é plausível. Senão, meu amigo, passa batido com cara de blasé. Acredite, não vai fazer toda essa diferença na sua vida.

Situação: Menina desconhecida te olha nos olhos.
O que acontece: Por reflexo, você desvia o olhar. E se odeia um segundo depois.
Como fazer do jeito certo: Encara a filha da puta por uma hora e meia. Sem piscar. De olhos arregalados. E lábio inferior trêmulo.

Situação: Professor manda se organizarem em grupos.
O que acontece: Pensa desesperadamente “Oh meu Deus, por favor, sorteia essa merda, sorteia essa merda...!”.
Como fazer do jeito certo: “Que boiolagem, professor! Trabalhinho em grupo? Tem bolas pra dar prova não, ô baitola?”.

Deixando um pouco de lado a galhofa aqui apresentada, eu diria que recentemente descobri que é muito melhor quando não se tenta tão desesperadamente. Pretendo me esforçar pra agir cada vez mais em cima desse pensamento. Quero muito acreditar que quando alguém põe na cabeça que vai passar a agir por si mesmo independentemente das consequências, isso não representa infantilidade ou anomalia social, e sim convicção, também como conforto e aceitação para consigo mesmo. Vou fazer de tudo para que viver em função da aprovação alheia seja a última das minhas preocupações.
Enfim, se você me conhece fora dos limites da internet, esteja ciente de tudo isso. E esteja precavido e atento à como você pode ser afetado.
Vocês foram avisados.

Foda uma sabedoriazinha forte na sexta-feira santa, hein?
Não há de quê.