sexta-feira, 2 de abril de 2010

Situações Constrangedoras – Hora da Virada!




Existem algumas circunstâncias concernentes à convivência humana que podem confundir a mente daqueles que não entendem muito bem as regras e contratos sociais. Estes sempre passam por episódios supergeradores de vergonha alheia, e eu estou entre os tais.
Porém, recentemente, desisti de entender essas praxes sociais. Vou encarnar de vez o Tyler Durden (não conhece? sofra) e mandar pro cacete tudo que a norma do convívio saudável entre pessoas diz que temos fazer. Venho fodendo-me cotidianamente tentando fazer tudo do jeito certo (que aparentemente vai contra minha personalidade e valores morais doentios e distorcidos). Pois agora decido que vou fazer tudo do meu jeito. São grandes as chances de que eu continue me fodendo, mas a partir de agora vai ser do meu jeito.
É isso mesmo! Estou mandando pro caralho tudo tido como certo no que tange as normas do convívio social! Objetivo? Ser feliz sem medo de ser julgado, que nem o rapaz aí de baixo!:

Para exemplificar melhor, vou listar algumas das tais situações constrangedoras. Em seguida, qual era o meu papel desempenhado em cada uma até hoje. Depois, o que vou passar a fazer daqui em diante. Vou usar “você” em vez de “eu”, como se fosse um guia, caso algum querido leitor também se identifique. Acompanhem:

Situação: Alguém fala alguma coisa e você não entende.
O que acontece: Você pergunta “o quê”, a pessoa repete, e ainda assim você não entende. Você murmura em concordância, sem paciência. Não era uma pergunta de “sim ou não”.
Como fazer do jeito certo: “FALA QUE NEM HOMEM, PORRA! CARALHO!”

Situação: Numa mesa, em um bar ou restaurante, todo mundo se levanta para fazer algo e você fica sozinho.
O que acontece: “Porra, tenho que parecer ocupado tenho que parecer ocupado tenho que parecer ocupado!”
Como fazer do jeito certo: Não é um pouco de arrogância achar que todo mundo está olhando pra você na expectativa do seu próximo movimento? Se espreguiça e respira fundo, trinta segundos passam rápido.

Situação: Senta-se do lado de uma garota bonita dentro do ônibus.
O que acontece: “Cacete, onde eu boto minhas mãos? Será que eu cruzo as pernas? Estico? Deixo abertas? Cruzo os braços? Seguro na poltrona da frente? Aperto minha mochila? Merda, ela tá me olhando? Se eu olhar pra ela pra confirmar ela vai me achar estranho? FUUUUUUUUUUUUUCK!!!”
Como fazer do jeito certo: Senta, arrota, peida, tira meleca do nariz e coça o saco. Vamos encarar: essa mina não será sua futura esposa. Relaxa.

Situação: Passa por alguém conhecido, mas não tão bem conhecido.
O que acontece: Se pergunta se deve cumprimentar. Mas de que maneira? Um aceno de cabeça, de mão, um “e aí, cara” ou “opa” ou “oi” ou “colé, mano!” ou “diga lá” ou “WHATS UP NIGGA!!” ou uma simples sombrancelhada? No final das contas, ou fica no vácuo ou deixa o outro no vácuo.
Como fazer do jeito certo: Quando você para pra conversar com essa pessoa, existe algum assunto não-genérico sobre o qual vocês podem conversar, de maneira agradável e amigável à ambos? Pronto. Se a resposta for positiva, um cumprimento é plausível. Senão, meu amigo, passa batido com cara de blasé. Acredite, não vai fazer toda essa diferença na sua vida.

Situação: Menina desconhecida te olha nos olhos.
O que acontece: Por reflexo, você desvia o olhar. E se odeia um segundo depois.
Como fazer do jeito certo: Encara a filha da puta por uma hora e meia. Sem piscar. De olhos arregalados. E lábio inferior trêmulo.

Situação: Professor manda se organizarem em grupos.
O que acontece: Pensa desesperadamente “Oh meu Deus, por favor, sorteia essa merda, sorteia essa merda...!”.
Como fazer do jeito certo: “Que boiolagem, professor! Trabalhinho em grupo? Tem bolas pra dar prova não, ô baitola?”.

Deixando um pouco de lado a galhofa aqui apresentada, eu diria que recentemente descobri que é muito melhor quando não se tenta tão desesperadamente. Pretendo me esforçar pra agir cada vez mais em cima desse pensamento. Quero muito acreditar que quando alguém põe na cabeça que vai passar a agir por si mesmo independentemente das consequências, isso não representa infantilidade ou anomalia social, e sim convicção, também como conforto e aceitação para consigo mesmo. Vou fazer de tudo para que viver em função da aprovação alheia seja a última das minhas preocupações.
Enfim, se você me conhece fora dos limites da internet, esteja ciente de tudo isso. E esteja precavido e atento à como você pode ser afetado.
Vocês foram avisados.

Foda uma sabedoriazinha forte na sexta-feira santa, hein?
Não há de quê.

3 comentários:

  1. tsc...tsc...

    perdeu a noção da convivência humana...

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  2. Porra, Natan!
    Porra de frescura, porra!
    Nada aí incomoda a vida de ninguém, porra!
    Vira homem, porra!
    (kkkkkkkkkkkkkkkkkkk)

    (essa não sou eu, por favor...hahaha)

    Sério...

    "Situação: Numa mesa, em um bar ou restaurante, todo mundo se levanta para fazer algo e você fica sozinho.
    O que acontece: “Porra, tenho que parecer ocupado tenho que parecer ocupado tenho que parecer ocupado!”
    Como fazer do jeito certo: Não é um pouco de arrogância achar que todo mundo está olhando pra você na expectativa do seu próximo movimento? Se espreguiça e respira fundo, trinta segundos passam rápido."

    Tá doidão, meu amigo?uahuahuah


    Tirando tudo isso, foi engraçado!
    kkkkkkkkk

    PS: Porra, Natan! Porra!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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